Uma Verdade que não pode ser dita!
Um médico psiquiatra, de coração generoso e puro,
sentia em sua alma, que assumira, antes de encarnar, o dever de servir aquelas
almas que vinham purgar, numa encarnação expiatória, os excessos praticados em
existências passadas.
Seu coração ardia de amor, e o juramento de servir,
feito em tempos pretéritos, estava gravado em seu coração, como uma chama de
fogo que não se apagava nunca, e o concitava na forma de piedade a ajudar seus
semelhantes a purgar seus desatinos do passado.
Doentes mentais eram rotulados com vocábulos
expressivos, que traziam no seu bojo, significados de mazelas pretéritas
desconhecidas e inexprimíveis, na simbologia dos diagnósticos médicos.
Um paciente enigmático, com distúrbios psíquicos,
apresentava um quadro clínico de agressividade extrema.
O bondoso facultativo tinha a intuição aguçada, e a
vontade de servir. Por um destes 'siddhis' (*), que os servidores da humanidade
possuem e que lhes permite adentrar o mundo interno das almas humanas, o
psiquiatra, num flash de abstração intuitiva, teve um quadro das encarnações
anteriores do seu paciente.
Um opulento senhor de muito poder e muitas posses
materiais, egoísta e insensível ao sofrimento humano que o cercava, tinha
ojeriza da pobreza e a desprezada, quando se deparava com o infortúnio do seu
semelhante.
Um emaranhado de energias sutis fora criado pela
insensibilidade, egoísmo, indiferença, e desdém deste orgulhoso senhor de
poder, que pelos seus atos insanos engendrara um carma negativo, escuro e
pesado, e que não era aceito pelo universo e carecia ser desfeito, pelo seu
próprio criador.
Indiferente a pobreza e ao sofrimento do seu
semelhante, esta alma humana enodoada e endividada, precisava aprender a lição
do amor. Nasceu pobre num contexto de dificuldades.
O nobre médico teve um flash do passado deste ser
humano trazendo um passado carregado de indiferença e desprezo.
A situação de opulência do passado gerou uma situação
de pobreza educativa. A não aceitação das vicissitudes atuais gerou a revolta
íntima. E a lembrança no sub consciente de um passado faustoso, fez nascer o
velho “modus vivendi”, daquela alma imprudente, e uma inveja sutil, e
escondida, se manifestou em seu âmago.
A inveja, filha abjeta da revolta, de
uma situação que foi e não é mais; aquela velha alma humana, que não aceitou o
carma regenerador na nova situação, de uma vida que exigia disciplina,
aceitação, e reforma íntima.
O psiquiatra tudo viu e sentiu em um relance de
segundos!
Estava ali estampado, no mundo íntimo de seu paciente,
um passado delituoso, rotulado pela medicina como um quadro psicótico!
O médico via a imagem clara da inveja, revolta,
indiferença, mesclado a angústia de uma vida difícil, mas nem tinha como dizer
ao seu paciente: -' Você traz no seu âmago uma revolta sutil, que se metamorfoseia
em inveja e agressividade.'
Se o dissesse o doente investiria com furor contra
seu benfeitor.
O bondoso servidor da humanidade, num gesto de amor e
compreensão, se calou porque a verdade nunca seria aceita pelo paciente.
A verdade não pode ser dita, a não ser que a alma
humana abrigue no seu interior aquela humildade das almas iluminadas e que aceite
Deus no coração, cooperando com o universo em sua redenção!
Como dizer: - 'Você tem uma inveja sutil e desconhecida
por você mesmo no seu mundo interno?'
O facultativo se calou, e procurou no receituário
médico, uma solução de periferia, que é atenuar os sintomas externos, de chagas
morais.
As almas devedoras não aceitam a verdade, e se for
dita, investem contra seus benfeitores!
Assim foi feito com o maior médico que a humanidade já
teve, o doce JESUS!
Ismael de Almeida
Siddhi (sanscrito: सिद्धिः; siddhiḥ) é uma palavra sanscrita
que literalmente significa "realização", "consecução" ou "sucesso".
Também é usada como um termo para poder espiritual (ou habilidade
física). O termo é usado neste sentido no Hinduísmo e no Budismo
Tântrico. Estes poderes espirituais supostamente variam de formas
simples de clarividência até ser apto a levitar, estar presente em
vários lugares ao mesmo tempo, tornar-se tão pequeno quanto um átomo,
materializar objetos, acessar a memória de vidas passadas, e mais.
Existem vários pontos de vista sobre a obtenção de Siddhis. Uma
escola de pensamento estabelece que eles são um conjunto normal de
ocorrências que não deveriam ser focados porque eles irão arrancá-lo do
caminho. Outras perspectivas julgam que cada siddhi deveria ser
aspirados porque habilitarão o indivíduo a entender o poder do Ente
Supremo. Siddhis podem ocorrer de muitas maneiras: naturalmente aravés
da ação do kharma,
como um resultado de prática prolongada (sadhana), através de
austeridades rigorosas (tapasya) ou por graça. Eles são frequentemente
mencionados em conjunção com Riddhi (pl. Riddhis), que significa riqueza material ou terrena, poder, estilo de vida luxurioso, etc.
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