O homem é o mais iludido habitante do planeta.
Ele tem três corpos,
três instrumentos que o capacitam a adquirir experiências nos três
mundos da evolução humana, são eles: físico, astral e mental.
Acontece
que o homem está tão integralizado com seu corpo material, que pensa que é
o físico. Tem um amo, exigente e possessivo, que o escravizou tanto que
ele nem percebe que é um mísero escravo do corpo astral.
Ele está
totalmente escravizado pelo corpo emocional, e pior, é que é obediente
servo do corpo de desejos.
O corpo emocional é insaciável... quanto mais
deseja mais quer desejar. Quer bens materiais, poder e glória fútil.
Quer ser o primeiro em tudo, quer posses, e sua ganância atinge as raias
do inconcebível!
O corpo
mental deveria ser o Rei, mas foi seduzido pelo Astral, e está
totalmente à disposição deste amo que o dominou por completo.
A
imaginação está a serviço do corpo emocional, que cria as mais absurdas
imagens para satisfazer os desejos deste amo exigente. O pensamento que
deveria libertar o homem dos liames da matéria, está por completo a
serviço do desejo. A mente se entregou totalmente a vontade do desejo, e
faz tudo que este quiser, cria pensamentos disformes, monstrengos de
maldade, formas pensamentos a serviço do mal.
O homem está
fascinado pelo desejo, é prisioneiro do espelhismo, acorrentado com
grilhões de ferro na rocha da ilusão, não tem nenhum domínio sobre si
mesmo, nem ao menos sabe quem ele é, não conhece seus instrumentos, nem
desconfia de ser escravo dócil e obediente.
O desejo, que deveria ser
dirigido para o Alto, na busca da sublimidade, é dirigido para baixo, e
se mistura com a animalidade.
Os pensamentos correm soltos...
criam miasmas e ferem suas próprias células, trazendo conseqüências
funestas, como doenças e mal estar. O pensamento-sentimento, criação que
o levaria aos píncaros da gloria o assemelham aos animais rastejantes,
mantendo-o nivelado aos baixos instintos.
Primeiro o homem
prisioneiro de si mesmo, macula seu próprio corpo com cáusticos raivosos
pejados de egoísmo e pensamentos malsãos. Depois, irradiam para o
entorno, levando fealdade ao mundo com suas baixezas e sentimentos vis.
O mundo exterior, na verdade, é uma extensão do seu interior. Poluição,
guerras, latrocínios, crises intermináveis, focos de ódios que se
alastram; terrorismo, cidades feias e mal cuidadas, fome, desnutrição e
morte, de fato são criações que refletem o mundo interno do ser humano.
O
mundo é um retrato falado do interior da alma humana. Tudo que o homem
pensa ele reflete para o exterior. Como dentro de si mesmo só há caos e
destruição, o mesmo ocorre no mundo externo.
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